terça-feira, agosto 16, 2011

*** Prólogo ***

Enigma:

O som alto, seco, agudo e contínuo, ecoa entre prédios e pontes na densa e chuvosa madrugada, da fria cidade de São Paulo. Aproveitando o pouco movimento, o veiculo, em velocidade máxima, avança sinais e cruzamentos.
No interior, entre solavancos, freadas bruscas e buzinas intermitentes, a equipe precisa evitar o pior.  
Balançando em um canto qualquer daquele apertado espaço. Com a cabeça enfiada nas mãos. Um homem procura entender o sentido da iminente tragédia.  
Estendida sobre a maca, sob choques anafiláticos, massagens torácicas e seguidas agulhadas a procura de alguma veia, o corpo não reage. É preciso agir rápido, cada segundo conta, ela perde muito sangue.
O som do pneu chama atenção de todos no hospital. Correm para a emergência. Sem esboçar uma palavra o marido acompanha atônito. A cena ainda é incompreensível...

“Decifra-me, ou Te Devoro!”  

 
Agora ele está no hospital, assinando atestados e tenta compreender e ao mesmo tempo explicar, porque sua mulher cometeu suicídio.
*** *** ***

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