sexta-feira, agosto 12, 2011

"Le Petit Mort"

            Começa com a incrível dificuldade de encontrar algo útil para dizer a mulher amada. Durante semanas um papel em branco fica depositado sobre a mesa à espera de algo significativo e que valesse a pena ser escrito, em vão o papel aguarda, ou acaba por encher a lixeira de idéias vazias.




           Há em “Le Petit Mort” uma base de verdade em cada capitulo, os sentimentos são verdadeiros, os diálogos e o enredo seguem um roteiro criado a partir de conversas entre amigos e acontecimentos reais entre amores intensos. Narra a realidade da relação entre pais e filhos e capta as nuances que tornam a educação única para cada criança. As emoções de um pai que o levam a atos absurdos e ao mesmo tempo ternos diante do perigo e da aflição da filha.


            Sem a pretensão de separar o certo do errado, ou de tornar heróicos os atos humanos, “Le Petit Mort” também narra o encontro entre três amigos, seus universos pessoais e culturais, o tempo em que passam juntos os valores íntimos, visto com a singularidade de cada um. Os votos de lealdade em plena avenida paulista, sob muita chuva, muito vinho e as emoções contidas na honra de dividir um segredo. 



A descoberta da fé, onde a morte é lugar comum e da coragem, onde o medo seria aceitável para qualquer homem, leva uma médica cardiologista a redescobrir o sentido da palavra amor e de todos os atos heróicos ao qual temos que nos entregar para viver em plenitude. Se pudesse escolher um personagem que encerra todo o mistério de “Le Petit Mort” eu a escolheria. Cássia é a moldura dos espelhos partidos e ao mesmo tempo é o reflexo de todas as sombras que escondemos. 



Descobri que amor e papel não combinam muito bem. Ela espera a palavra certa, no poema que ainda não escrevi. Enquanto me calo diante da folha branca e deixo os personagens expor suas reais emoções. Procuro na expressão francesa do prazer “Le Petit Mort” a razão para entender porque não nós, mas a “Vida Conta uma História”
                                                                  Gil Ramos, autor

2 comentários:

  1. Em si é uma história comovente impressionante e arrebatadora!

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  2. Essa história prende a atenção do leitor,somente pelo prólogo,imagine o restante dessa trama....

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