terça-feira, agosto 16, 2011

*** Prólogo ***

Enigma:

O som alto, seco, agudo e contínuo, ecoa entre prédios e pontes na densa e chuvosa madrugada, da fria cidade de São Paulo. Aproveitando o pouco movimento, o veiculo, em velocidade máxima, avança sinais e cruzamentos.
No interior, entre solavancos, freadas bruscas e buzinas intermitentes, a equipe precisa evitar o pior.  
Balançando em um canto qualquer daquele apertado espaço. Com a cabeça enfiada nas mãos. Um homem procura entender o sentido da iminente tragédia.  
Estendida sobre a maca, sob choques anafiláticos, massagens torácicas e seguidas agulhadas a procura de alguma veia, o corpo não reage. É preciso agir rápido, cada segundo conta, ela perde muito sangue.
O som do pneu chama atenção de todos no hospital. Correm para a emergência. Sem esboçar uma palavra o marido acompanha atônito. A cena ainda é incompreensível...

“Decifra-me, ou Te Devoro!”  

 
Agora ele está no hospital, assinando atestados e tenta compreender e ao mesmo tempo explicar, porque sua mulher cometeu suicídio.
*** *** ***

sexta-feira, agosto 12, 2011

"Le Petit Mort"

            Começa com a incrível dificuldade de encontrar algo útil para dizer a mulher amada. Durante semanas um papel em branco fica depositado sobre a mesa à espera de algo significativo e que valesse a pena ser escrito, em vão o papel aguarda, ou acaba por encher a lixeira de idéias vazias.




           Há em “Le Petit Mort” uma base de verdade em cada capitulo, os sentimentos são verdadeiros, os diálogos e o enredo seguem um roteiro criado a partir de conversas entre amigos e acontecimentos reais entre amores intensos. Narra a realidade da relação entre pais e filhos e capta as nuances que tornam a educação única para cada criança. As emoções de um pai que o levam a atos absurdos e ao mesmo tempo ternos diante do perigo e da aflição da filha.


            Sem a pretensão de separar o certo do errado, ou de tornar heróicos os atos humanos, “Le Petit Mort” também narra o encontro entre três amigos, seus universos pessoais e culturais, o tempo em que passam juntos os valores íntimos, visto com a singularidade de cada um. Os votos de lealdade em plena avenida paulista, sob muita chuva, muito vinho e as emoções contidas na honra de dividir um segredo. 



A descoberta da fé, onde a morte é lugar comum e da coragem, onde o medo seria aceitável para qualquer homem, leva uma médica cardiologista a redescobrir o sentido da palavra amor e de todos os atos heróicos ao qual temos que nos entregar para viver em plenitude. Se pudesse escolher um personagem que encerra todo o mistério de “Le Petit Mort” eu a escolheria. Cássia é a moldura dos espelhos partidos e ao mesmo tempo é o reflexo de todas as sombras que escondemos. 



Descobri que amor e papel não combinam muito bem. Ela espera a palavra certa, no poema que ainda não escrevi. Enquanto me calo diante da folha branca e deixo os personagens expor suas reais emoções. Procuro na expressão francesa do prazer “Le Petit Mort” a razão para entender porque não nós, mas a “Vida Conta uma História”
                                                                  Gil Ramos, autor

Personagens e Pessoas



Doutora Cássia Oliveira, graduada em medicina, em Portugal e atuou por mais de dez anos como cardiologista na cidade de Porto. Atualmente dirige uma clinica na Capital Paulista, onde vive com a família e nas horas vagas dedica-se ao paisagismo.





Gil Ramos é graduado em Comunicação Social pela Universidade Paulista de Campinas, e produção de cinema pela FGV. Atualmente desenvolve Projetos Culturais e Sociais no Interior de São Paulo e trabalha como consultor de Marketing corporativo, nas horas vagas escreve.
E-mail :  gilsonramos@yahoo.com



Professor André Assis é graduado em Teologia e Filosofia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Atualmente leciona filosofia na rede publica. Nas horas vagas dedica-se ao seu blog onde expõe conceitos e idéias sobre filosofia moderna e pensamentos hermenêuticos.